Livros
Por que uma coleção sobre as histórias contemporâneas e antigas das Escolas de Samba do Rio de Janeiro e o que nos move à realização desses livros, além da paixão? Não sou exatamente uma frequentadora de quadras e barracões, mas não precisaria ser para entender, sentir e amar, mesmo à distância, a ideia de um grupo cultural irmanado pela festa, pela forma, pela arte do fazer em conjunto, pela dança, pela música, pela sensualidade, pelo ritmo, pelo rito pagão que se transforma em religioso no coração e na mente de tantos cariocas e brasileiros.
O Carnaval é muito mais que uma festa, como podemos ler ao longo de nossos livros. É uma forma de cultura transformada e transformadora. Todos os dias, o Carnaval existe na vida de milhares de pessoas, como prática, como símbolo, como a maior arte coletiva de que se tem notícia. Por isso, para entender o Carnaval, para adentrar nas suas estruturas — muitas das quais adversas e assimétricas socialmente —, para deixar registradas as suas práticas, as suas glórias, os seus ápices e as suas quedas é que nos dedicamos à coleção Cadernos de Samba, que agora completa nove volumes com as histórias da Vila Isabel, do Império Serrano e daqueles que inventaram a roda que gira essa festa cultural.
No livro O Prazer da Serrinha, Bernardo Araujo traz as histórias de combate e lirismo do grandioso Império Serrano, agremiação fundada pelos estivadores do porto do Rio na década de 1940. Já no volume Cartas para Noel, de Leonardo Bruno e Rafael Galdo, uma novidade: aqui um anônimo narrador conta as histórias da agremiação por meio de cartas endereçadas a Noel Rosa. A escola nasceu de uma ideia do compositor de “Conversa de botequim”, que jamais conheceu seu sonho, anos depois vivido por bambas como Martinho da Vila e Luiz Carlos da Vila. Por último, Renato Lemos deu voz aos maiores Inventores do Carnaval, como Joãosinho Trinta, Cartola, Mario Filho e tantos outros que refinaram os desfiles e tornaram o Carnaval uma grande arte.
Valéria Lamego
Coleção Cadernos de Samba – partimos para 2014!
O grande espetáculo da Marquês de Sapucaí esconde várias estórias que ajudam a entender a formação das escolas de samba e a dimensão da emoção que a festa provoca em quem a acompanha. No entanto, há ainda muito que contar. Para tanto, a Verso Brasil Editora lançou em 2012 a coleção Cadernos de Samba.
Com organização do jornalista Aydano André Motta A coleção está em seu terceiro ano.
E já fazem parte dessa história os seguintes volumes:
2012
Maravilhosa e soberana – histórias da Beija-Flor, de Aydano André Motta
Tantas páginas belas – histórias da Portela, de Luiz Antonio Simas
Marcadas para viver – a luta de cinco escolas ,de João Pimentel
2013
Explode coração – histórias do Salgueiro, de Leonardo Bruno
Estrela que me faz sonhar – histórias da Mocidade, por Bárbara Pereira
Onze mulheres incríveis do Carnaval carioca – as histórias das porta-bandeiras, por Aydano André Motta
Vale: Nossa História
A Verso Brasil Editora lançou o livro Vale: nossa história em comemoração aos 70 anos (1942-2012) de uma das maiores mineradoras do mundo, a Vale (antiga Companhia Vale do Rio Doce).
O livro, fruto do esforço de uma equipe de mais de 20 profissionais de diversas áreas, conta a história da mineradora brasileira desde seu estabelecimento, em Minas Gerais, quando ainda se chamava Companhia Brasileira de Mineração e Siderurgia e a da Itabira, até os nossos dias, já globalizada e absolutamente consolidada no cenário internacional.
São 420 páginas ricamente ilustradas, com raras imagens de arquivo dos primórdios da mineração no Brasil, que contam a trajetória de sucesso da Vale.
Design: Retina 78
Ano: 2012
Impresso no Brasil (1808-1930) – destaques da história gráfica no acervo da Biblioteca Nacional
Trata-se da contribuição mais original dos últimos 30 anos ao estudo histórico da imprensa e das artes gráficas, produzida a partir de extensa pesquisa no acervo mais completo do Brasil – o da Fundação Biblioteca Nacional. O volume apresenta um verdadeiro panorama da evolução dos impressos durante os primeiros 120 anos de sua fabricação e consumo em território brasileiro, abrangendo jornais, revistas, livros, estampas e os chamados impressos efêmeros, ou avulsos (cartazes, rótulos, anúncios, folhetos, santinhos, cardápios etc.), que recebem tratamento de honra pela primeira vez na nossa literatura. Ricamente ilustrado, com cerca de 350 imagens, a maioria inédita, o Impresso no Brasil é referência obrigatória para todos os que se interessam pela cultura da leitura e da imagem . Além de fartamente ilustrada, a obra é contextualizada por artigos de quatro renomados historiadores brasileiros: Rafael Cardoso, Isabel Lustosa, Joaquim Marçal e Lúcia Garcia.
Organizador: Rafael Cardoso
Design: Sônia Barreto e Rafael Bucker
Ano: 2009
Memória de Repórter
“Não perdoo o Lacerda porque lhe confidenciei, quando morávamos numa pensão, na Lapa, estar preocupado por não ter registro de nascimento e ele usou isso. Foi uma confissão de amigo para amigo”, afirmou certa vez Samuel Wainer a Jorge de Miranda Jordão, um dos principais jornalistas na história da Última Hora. O comentário referia-se ao título de uma matéria veiculada na Tribuna da Imprensa, em que Carlos Lacerda o alfinetava: “Se não nasceu no Brasil, não nasceu na Bessarábia, só pode ter nascido de um monturo”.
Esta e outras histórias estão no livro Memória de Repórter, organizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro. O livro conta, por meio de entrevistas com 60 dos mais importantes jornalistas brasileiros, a trajetória da imprensa nacional nos últimos 50 anos, além de trazer mais de 150 imagens históricas. Os entrevistados são, dentre outros: Domingos Meirelles, Alberto Dines, Sérgio Cabral, Clóvis Rossi, Zuenir Ventura, Flávio Damm, Murilo Mello Filho, Cícero Sandroni.
Design: Retina 78
Ano: 2010
Catálogo do Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro
Uma das maiores mostras de cinema do Brasil, o Festival do Rio publica anualmente um complexo catálogo sobre suas mostras e sobre a arte cinematográfica em geral. A Verso Brasil Editora foi responsável por sua edição durante os anos de 2001 a 2006. Bem-sucedida, a publicação apresentava não apenas os filmes a serem exibidos no Festival, como também artigos inéditos e de relevância para a reflexão sobre cinema no país.
Com uma equipe de 20 profissionais, o Catálogo do Festival do Rio trazia cerca de 400 sinopses e biografias de diretores contemporâneos e históricos.
Design: Bruno Sá e Tita Nigri
Ano: 2001-2006